Editorial - Industria Cultural e Consumo
Há alguns anos que uma certa propaganda vem ecoando dentro das casas do
povo brasileiro, “Agro é tech. Agro é pop. Agro é tudo.”, esse modelo de
produção é extremamente danoso para o planeta terra o agronegócio que faz o uso
desregulado de agrotóxicos e que se baseia na monocultura e no grande
latifúndio é um dos setores mais lucrativo do país.
Vivemos em uma enorme fazenda produtora de soja, milho, café,
cana-de-açúcar, laranja, carne bovina e outros... obviamente para que tudo isso
seja produzido é necessário um grande espaço para pastagem e para o plantio o
que gera o desmatamento de áreas importantes para o meio ambiente, segundo a
ecóloga Ima Vieira só na Amazônia 80% das áreas desmatadas são destinadas à pecuária.
O agro, quando se diz respeito ao território brasileiro, é tratado com
muita romantização em todas as televisões do país, e a situação fica pior ainda
quando se tem dentro do congresso federal uma bancada ruralista ou melhor a
bancada do boi que é a frente parlamentar que atua na defesa não do camponês
pequeno produtor, mas sim em defesa dos donos da terra, os detentores dos
grandes latifúndios que produzem grãos que não são para acabar com a fome, são
para exportar e produzir ração animal pra alimentar a pecuária. Como pode uma única
pessoa deter terras a perder de vista, enquanto o pequeno e médio produtor que
alimenta o pais não recebe o mínimo de incentivo federal para produzir
alimentos mais orgânicos.
Enquanto o povo brasileiro é obrigado a ouvir que o agro é a força
motriz do pais e que todo nosso crescimento vem dele, quem realmente se importa
com o meio ambiente e defende uma distribuição de terra igualitária é assassinado,
segundo a ONG Global Witness o Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking de países
que mais matam ambientalistas, foram 24 assassinatos só em 2019, atrás apenas
das Filipinas, 43 assassinatos, e Colômbia com 64 ambientalistas mortos.
Nem mesmo os reais donos desta terra estão livres dos crimes desta indústria
assassina, neste mesmo relatoria a Global Witness divulgou que indígenas correm
um risco maior ainda pois segundo Bem Leather, ativista sênior da ONG, “Apenas
no Brasil, eles representaram 42% das mortes e são apenas 0,4% da população. Os
povos indígenas estão mais vulneráveis do que nunca”, dos 24 ativistas mortos em 2019, 10 eram idigenas
Todos esses problemas e muitos outros mais são tratados às sombras, contendo uma mídia com fundos fracos e falsos, romantizando todo o desenrolar de um termo e escondendo a real, nojenta e sangrenta, história do agronegócio.
Escrito por:
Arthur Yago Silva Valadares - 2° ano de Edificações
Felipe Fidelis Almeida Rodrigues - 2° ano de Edificações
Maria Eduarda Araújo dos S. Moreira - 2°ano de Edificações
Nicole De Paula Alves Fidélis - 2° ano de Edificações
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