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sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Agro é Toxico

 Editorial - Industria Cultural e Consumo 



Há alguns anos que uma certa propaganda vem ecoando dentro das casas do povo brasileiro, “Agro é tech. Agro é pop. Agro é tudo.”, esse modelo de produção é extremamente danoso para o planeta terra o agronegócio que faz o uso desregulado de agrotóxicos e que se baseia na monocultura e no grande latifúndio é um dos setores mais lucrativo do país.

Vivemos em uma enorme fazenda produtora de soja, milho, café, cana-de-açúcar, laranja, carne bovina e outros... obviamente para que tudo isso seja produzido é necessário um grande espaço para pastagem e para o plantio o que gera o desmatamento de áreas importantes para o meio ambiente, segundo a ecóloga Ima Vieira só na Amazônia 80% das áreas desmatadas são destinadas à pecuária.

O agro, quando se diz respeito ao território brasileiro, é tratado com muita romantização em todas as televisões do país, e a situação fica pior ainda quando se tem dentro do congresso federal uma bancada ruralista ou melhor a bancada do boi que é a frente parlamentar que atua na defesa não do camponês pequeno produtor, mas sim em defesa dos donos da terra, os detentores dos grandes latifúndios que produzem grãos que não são para acabar com a fome, são para exportar e produzir ração animal pra alimentar a pecuária. Como pode uma única pessoa deter terras a perder de vista, enquanto o pequeno e médio produtor que alimenta o pais não recebe o mínimo de incentivo federal para produzir alimentos mais orgânicos.

Enquanto o povo brasileiro é obrigado a ouvir que o agro é a força motriz do pais e que todo nosso crescimento vem dele, quem realmente se importa com o meio ambiente e defende uma distribuição de terra igualitária é assassinado, segundo a ONG Global Witness o Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking de países que mais matam ambientalistas, foram 24 assassinatos só em 2019, atrás apenas das Filipinas, 43 assassinatos, e Colômbia com 64 ambientalistas mortos.

Nem mesmo os reais donos desta terra estão livres dos crimes desta indústria assassina, neste mesmo relatoria a Global Witness divulgou que indígenas correm um risco maior ainda pois segundo Bem Leather, ativista sênior da ONG, “Apenas no Brasil, eles representaram 42% das mortes e são apenas 0,4% da população. Os povos indígenas estão mais vulneráveis do que nunca”, dos 24 ativistas mortos em 2019, 10 eram idigenas 9 camponeses, 2 de familiares ligados a ativistas, 1 servidor público e 2 classificados como “outros”. 

Todos esses problemas e muitos outros mais são tratados às sombras, contendo uma mídia com fundos fracos e falsos, romantizando todo o desenrolar de um termo e escondendo a real, nojenta e sangrenta, história do agronegócio.



Escrito por:

Arthur Yago Silva Valadares - 2° ano de Edificações 

Felipe Fidelis Almeida Rodrigues - 2° ano de Edificações 

Maria Eduarda Araújo dos S. Moreira - 2°ano de Edificações

Nicole De Paula Alves Fidélis - 2° ano de Edificações 






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